UEFA abre a possibilidade de levar a Champions League para os EUA

O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, declarou que o mercado americano poderá receber partidas da Champions League no futuro.

“É possível. Começamos a discutir sobre isso, mas um ano é Copa do Mundo, 2024 é Euro, este ano [a decisão da Liga dos Campeões] é Istambul, 24 em Londres, 25 em Munique. E depois disso vamos ver. É possível, sim”, disse Ceferin.

Importante lembrar que levar jogos do torneio para os EUA foi um projeto discutido, inicialmente, em 2016. O mandatário ainda deixou claro que a popularidade da modalidade cresce no país, tornando-se um mercado promissor para a entidade.

“O futebol é extremamente popular nos Estados Unidos hoje em dia. Portanto, eles seguirão o futebol europeu como os amantes do basquete na Europa seguem a NBA. É um mercado promissor muito importante para o futuro. O fato é que estamos vendendo nossos direitos muito bem por lá”, acrescentou.

Se Ceferin reconhece que os EUA representam grandes oportunidades de crescimento para os direitos de TV, por outro lado, colocou como um dos entraves o fuso-horário.

“O problema é a diferença de horário, porque se você jogar às terças e quartas-feiras, três da tarde, será meio-dia na parte do Pacífico de Los Angeles. É um problema. Teríamos uma audiência muito maior se os horários fossem diferentes”, finalizou.

Vale lembrar que, em setembro do ano passado, a agência de notícias PA divulgou que ocorreram conversas para a realização de uma “Supercopa” em território americano. O torneio serviria como abertura da temporada de futebol nos EUA a partir de 2024, com a presença de quatro times: o campeão da MLS na temporada anterior e os vencedores das últimas edições da Champions League, da Europa League e da Conference League.


Relações com a FIFA

Na mesma entrevista, Ceferin ainda foi questionado sobre a relação atual entre Uefa e FIFA.

“É uma relação complicada. Eu não diria a verdade se dissesse o contrário. Agora está um pouco melhor porque colocamos algumas linhas vermelhas. Não nos toquem, nós não tocamos em vocês. Claro que é um pouco paradoxal porque a Uefa não é membro da FIFA, somos independentes da FIFA. Não é como outros esportes em que você tem um órgão governamental mundial e, sob sua direção, os órgãos governamentais locais ou continentais. Somos três a quatro vezes maiores financeiramente que a FIFA, não apenas agora desde que estou aqui”, destacou.

Para finalizar, o executivo deixou no ar que a relação estremecida é motivada por questões financeiras.

“A FIFA sempre teve um problema com o fato de que a Uefa é muito rica. Além disso, é uma mentalidade muito diferente, eu diria”, finalizou.

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