STJD suspende 8 jogadores suspeitos de envolvimento em manipulação de resultados

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Otávio Noronha, aceitou o pedido da Procuradoria-Geral, nesta terça-feira (16) e suspendeu preventivamente por 30 dias os oito jogadores citados na Operação Penalidade Máxima, que investiga a manipulação de resultados do Campeonato Brasileiro de 2022 e estaduais de 2023.

A solicitação foi feita na segunda-feira (15) e foi julgada por Noronha nesta terça. Da lista apresentada ao Tribunal, sete jogadores já haviam sido denunciados pelo MP-GO, acusados do crime de manipulação de resultados esportivos.

Dois jogadores, Lomonaco e Moraes, confessaram participação no esquema ao Ministério Público, e fizeram um acordo para se tornarem testemunha do caso. Porém, apesar do acordo, os jogadores não deixaram de ser denunciados pelo STJD.

Veja a lista de Jogadores Suspensos:

  • Eduardo Bauermann (Santos);
  • Moraes (Aparecidense, ex-Juventude);
  • Gabriel Tota (do Ypiranga-RS, ex-Juventude);
  • Paulo Miranda (Náutico, ex-Juventude);
  • Igor Cariús (Sport, ex-Cuiabá);
  • Matheus Gomes (ex-Sergipe);
  • Fernando Neto (São Bernardo, ex-Operário-PR);
  • Kevin Lomonaco (Red Bull Bragantino);

    O Ministério Público denunciou os jogadores pelos artigos 243 e 243A do Código de Justiça Desportiva. Os artigos exprimem que “atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”, e “atuar de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente”.

    Segundo a denúncia do Ministério Público, os jogadores que atuaram para manipular eventos de campeonatos estaduais não entraram nas ações de momento do STJD porque os torneios são de alçada dos tribunais estaduais (TJDs).

Operação Penalidade Máxima

A Operação Penalidade Máxima I e II, investiga ações de manipulação de jogos de futebol da Série A e B do Campeonato Brasileiro 2022, e campeonatos estaduais.

A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.

O MP-GO pede a condenação do grupo e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.

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