Após assumir a Presidência da Argentina neste domingo (10), o ultraliberal Javier Milei surpreendeu ao assinar 13 decretos que delineiam mudanças imediatas para sua gestão, marcando um início impactante e repleto de reformas. Um desses decretos notáveis revoga uma medida estabelecida em 2018 que proibia parentes de ocuparem cargos no governo.
Ao anular esse decreto anterior, Javier Milei optou por uma abordagem inovadora, nomeando sua irmã, Karina Milei, para assumir papéis de destaque na administração, incluindo os cargos de primeira-dama e secretária-geral do governo. Essa escolha gerou discussões e levantou questões sobre nepotismo e transparência no novo governo, enquanto a Argentina observa atentamente as mudanças radicais propostas pelo novo líder.
Além da nomeação de familiares, os outros 12 decretos emitidos por Milei têm como objetivo realizar uma ampla “faxina” nos ministérios do país. A estratégia adotada reduziu drasticamente a estrutura governamental, passando de 18 ministérios para apenas nove. Essa reorganização ministerial busca não apenas cortar custos, mas também otimizar a eficiência do governo e concentrar responsabilidades em áreas-chave.
A reconfiguração ministerial proposta por Milei visa redefinir as prioridades do governo, alinhando-se com sua visão ultraliberal e promovendo uma abordagem mais enxuta e ágil para a administração pública. No entanto, tais medidas não estão isentas de controvérsias, com críticos argumentando que a redução drástica pode resultar em falta de representação e atendimento inadequado a certos setores da sociedade.
Enquanto isso, a recepção calorosa de Milei contrasta com eventos paralelos, como a tentativa de Jair Bolsonaro de figurar na foto oficial dos chefes de Estado durante a cerimônia de posse, sendo prontamente retirado. Essa dinâmica entre líderes latino-americanos adiciona um elemento intrigante ao panorama político regional, destacando as complexidades das relações diplomáticas e os diferentes caminhos escolhidos por líderes em momentos cruciais.