Os vereadores proíbem, na noite de quarta-feira (20), a Câmara do município de Remígio, localizado no brejo paraibano, foi palco de um acontecimento inusitado que marcou a conturbada relação entre o prefeito, André Alves, e os vereadores. O motivo central da discordância girou em torno da proposta de suplementação do orçamento público de 2024, que havia sido submetida à votação na quinta-feira anterior (14) e aprovada com os votos da base política do próprio prefeito.
Na tentativa de expressar sua insatisfação com o desfecho da votação, o prefeito André Alves compareceu à sede do Poder Legislativo. Na ocasião, ele havia sugerido uma suplementação de 50% no orçamento, mas, para sua surpresa, a decisão dos vereadores foi pela aprovação de uma suplementação de apenas 5%. Tal desfecho desagradou o prefeito, que argumentou que essa medida teria impactos negativos na população local.
Demonstrando sua indignação com a decisão tomada pelos vereadores, André Alves optou por ir à Câmara na noite do mencionado dia. Contudo, seu intento de se pronunciar na tribuna foi barrado pelos próprios vereadores, resultando em uma situação de censura que o prefeito denunciou veementemente.
Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, ele expressou seu descontentamento: “Estou aqui em frente à Câmara Municipal, onde vim participar de uma sessão, discutir, defender o povo do nosso município e, infelizmente, acabei de receber um despacho do senhor presidente, onde o prefeito não pode se pronunciar na Câmara.
Vim discutir democraticamente as nossas questões, aquilo que a gente pretende fazer pelo nosso município, à defesa do nosso povo, e estou sendo impedido de falar”.Essa controvérsia revela a complexidade das relações políticas locais e ressalta a importância do diálogo e da transparência na gestão pública para evitar impasses que possam prejudicar a comunidade.