Na sessão inaugural da Assembleia Legislativa da Paraíba, realizada nesta quarta-feira (7), o governador João Azevêdo adotou uma postura ponderada diante da proposta da oposição de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo envolvendo o Hospital Padre Zé. O governante expressou sua compreensão com relação à iniciativa, ressaltando a importância da apuração dos fatos, já conduzida de maneira minuciosa pelo Ministério Público da Paraíba.
Ao abordar a questão, João Azevêdo enfatizou a necessidade de evitar qualquer politização indevida ou espetacularização dos acontecimentos, especialmente em meio ao contexto de um ano eleitoral. Ele destacou a importância de permitir que os procedimentos de investigação transcorram de forma imparcial, sem ceder a interesses políticos ou sensacionalistas. O governador alertou para a possibilidade de que, em anos eleitorais, haja uma propensão maior para o uso dos eventos como ferramentas de espetáculo, em detrimento da busca pela verdade e pela justiça.
“Quem estiver envolvido em alguma coisa que responda. É deixar que as coisas aconteçam sem quererem fazer uso político ou espetacularização, até porque estamos em um ano político e a intenção é muito maior de se fazer espetáculo do que apurar”, declarou João Azevêdo.
Além disso na Assembleia, o governador revelou que ele e outras autoridades foram arroladas pela defesa do padre Egídio de Carvalho como testemunhas no processo. Essa inclusão demonstra a complexidade e o alcance do caso, reforçando a importância de uma investigação minuciosa e imparcial para esclarecer todos os aspectos relacionados ao escândalo do Hospital Padre Zé.