No decorrer de 2023, um total de 73 municípios na Paraíba testemunhou uma ausência notável de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), abarcando homicídios dolosos e outras formas de crimes dolosos culminando em morte. Campina Grande e Santa Rita, dois destacados municípios do estado, registraram quedas significativas de 31% e 23%, respectivamente, na incidência desses delitos. Estes dados foram extraídos do Anuário da Segurança Pública e da Defesa Social da Paraíba, entregue ao governador João Azevêdo em uma cerimônia ocorrida na sexta-feira, dia 23, pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesds).
De acordo com o relatório, as cidades que não tiveram nenhum registro de assassinatos representam mais de 32% do total de 223 municípios no estado, marcando o melhor resultado desde 2014 em termos de ausência de crimes contra a vida. Em adição, sete municípios mantiveram-se livres de CVLI ao longo de cinco anos consecutivos, incluindo Carrapateira, Gurjão, Joca Claudino, Lastro, Santa Helena, São Domingos e Serra da Raiz.
Na segunda maior cidade do estado, Campina Grande, o número de CVLI reduziu de 39 casos em 2022 para 27 casos em 2023, representando uma taxa de 6,4 CVLI por 100 mil habitantes. Este valor contrasta com os 45,2 por 100 mil habitantes registrados em 2013, evidenciando a notável melhoria na segurança do município ao longo dos anos.
Consequentemente, Campina Grande é atualmente considerada a menos violenta da região Norte/Nordeste entre as cidades com 200 mil habitantes, superando localidades como Petrolina, Caruaru, Feira de Santana, Mossoró e Juazeiro do Norte.
Em Santa Rita, a terceira cidade mais populosa do estado, os casos de CVLI diminuíram de 82 em 2022 para 63 em 2023, representando uma redução de 23%. Essa tendência de queda vem sendo observada desde 2019 e resultou no menor número registrado na série histórica do município, com uma taxa de 42 CVLI por 100 mil habitantes. Patos e Sousa, cidades importantes do Sertão paraibano, também experimentaram quedas significativas nos registros de ocorrências, com reduções de 34% e 47%, respectivamente.