A Justiça ordena a remoção do prefeito do sertão sob suspeita de efetuar pagamentos irregulares de aluguel ao seu avô

O prefeito de Santana de Mangueira, no sertão, Nerival Inácio de Queiroz, foi recentemente afastado de suas funções por ordem judicial, em decorrência de acusações de improbidade administrativa. Alega-se que ele tenha alugado um terreno pertencente a seu avô para utilização como depósito de resíduos sólidos no município, mesmo após o término das atividades no local. O avô do prefeito, José Inácio da Silva, também está envolvido no processo judicial.

A decisão, tornada pública na segunda-feira (4), determinou o afastamento do prefeito por um período de 90 dias e ordenou a indisponibilidade dos bens dos dois acusados, até o montante de R$ 200 mil, a fim de garantir o ressarcimento dos danos ao erário e possíveis compensações por danos morais coletivos. O prefeito é acusado de continuar efetuando pagamentos a seu parente, relativos a um contrato administrativo que já havia expirado.

A medida cautelar foi concedida pelo juiz da Comarca de Conceição, Francisco Thiago da Silva Rabelo, que argumentou sobre a má utilização dos recursos públicos do município e o exercício imprudente e inadequado do mandato pelo gestor. O promotor de Justiça na petição inicial reforçou a necessidade de antecipar a tutela solicitada, visando interromper imediatamente o desperdício de dinheiro público e corrigir a violação constitucional.

Essa decisão judicial ressalta a importância da transparência e da responsabilidade na administração dos recursos públicos. O caso também levanta questões éticas sobre o uso de posições de poder para benefício pessoal ou de familiares, demonstrando a necessidade de uma fiscalização rigorosa e de medidas punitivas para garantir a integridade e a honestidade no exercício dos cargos públicos.

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