O líder da infame “Barbárie de Queimadas“, Eduardo dos Santos Pereira, que estava foragido há quatro anos, finalmente foi capturado em Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro. A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) da Polícia Civil da Paraíba foi responsável por essa importante prisão, encerrando uma busca prolongada.
O crime hediondo ocorreu em 2012, quando cinco mulheres foram vítimas de um brutal estupro durante uma festa de aniversário, perpetrado por homens que elas acreditavam ser seus amigos. Duas dessas mulheres, Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, encontraram um destino ainda mais trágico, sendo mortas violentamente porque tiveram a coragem de identificar os agressores durante os ataques. Além de Eduardo, outros seis homens foram condenados e receberam sentenças, enquanto três adolescentes foram sentenciados a medidas socioeducativas.
A captura de Eduardo ocorreu em uma residência alugada em Rio das Ostras, onde ele estava sozinho no momento da prisão. Sua fuga, ocorrida em 2020, foi do Presídio de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecido como PB1, em João Pessoa, Paraíba. Aproveitando-se de um descuido de um policial penal que deixou um molho de chaves desacompanhado na área onde trabalhava na cozinha, Eduardo conseguiu abrir o almoxarifado e escapar pela porta lateral do presídio.
A extensão dos crimes cometidos por Eduardo foi refletida em sua sentença: 108 anos e dois meses de prisão. Ele foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. A fuga dele resultou em um processo contra o policial penal responsável pelas chaves, embora até o momento o Ministério Público da Paraíba não tenha apresentado denúncia contra ele.
A recaptura de Eduardo representa um passo significativo em busca de justiça para as vítimas e suas famílias, trazendo uma sensação de alívio e esperança para a comunidade afetada por esses terríveis eventos