Em crise financeira, a PMCG bloqueia recursos do Help um dia antes de pagar a folha dos servidores

Crise financeira, no dia 26 de junho, a Prefeitura de Campina Grande recebeu R$ 6,17 milhões em recursos federais destinados ao Hospital Help. Esta quantia, proveniente de uma emenda da bancada federal da Paraíba, deveria ser utilizada para o custeio da unidade, que oferece 90% dos seus atendimentos via SUS. No entanto, até hoje, a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) não transferiu o valor para o hospital.

De acordo com uma portaria ministerial, o Hospital Help tem até 12 meses após o recebimento do recurso para prestar contas, diferentemente das emendas especiais que já têm finalidades específicas e não podem ser desviadas para outras atividades.

O blog apurou que o Hospital Help tem tentado reiteradamente entrar em contato com a Prefeitura de Campina Grande para resolver o impasse, mas até agora não obteve resposta sobre o pagamento. Supostamente, o valor teria sido utilizado para complementar o pagamento da folha salarial dos servidores no dia 27 de junho, um dia após o depósito do recurso nos cofres municipais.

Além do Hospital Help, outras unidades de saúde conveniadas com a Prefeitura de Campina Grande enfrentam atrasos nos pagamentos. O Hospital da FAP, referência em tratamento contra o câncer, também sofre com a mesma dificuldade.

O blog também entrou em contato com o secretário de Saúde do município, que afirmou que o valor só será transferido após a contratualização para serviços de oncologia e imagens. “Não é simplesmente chegar e pagar, e jamais utilizaria este recurso para pagamento de folha. O hospital tem que provar a produção para eu poder liberar o dinheiro”, declarou.

A Prefeitura de Campina Grande está em colapso financeiro sob a gestão de Bruno Cunha Lima. Atrasos no pagamento de salários e fornecedores, demissões em massa de servidores, alertas do Tribunal de Contas do Estado sobre o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e empréstimos para execução de obras são alguns dos problemas enfrentados. Em maio, a Prefeitura precisou recorrer à Justiça para obter autorização para uma suplementação orçamentária destinada ao pagamento dos salários dos prestadores de serviço.

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