O Hospital da FAP, reconhecido como referência no tratamento oncológico em Campina Grande, vive uma crise financeira crítica devido a uma dívida de aproximadamente R$ 9 milhões da Prefeitura Municipal. A situação forçou a suspensão de três cirurgias nesta semana, conforme informado pelo presidente da instituição, Derlópidas Neves.
Neves relatou que o problema vem se agravando há meses, mas a direção do hospital optou por não divulgar a situação anteriormente em razão do período eleitoral. Diante da falta de resolução, a FAP recorreu ao Ministério Público da Paraíba para buscar mediação junto à Prefeitura.
Dos R$ 9 milhões em débito, cerca de R$ 3 milhões correspondem a emendas federais que, segundo o hospital, ainda não foram repassadas pela administração municipal.
Em nota oficial, a Prefeitura de Campina Grande justificou o atraso nos repasses alegando a demora na aprovação de uma suplementação orçamentária pela Câmara de Vereadores. Essa medida seria necessária para atender à crescente demanda pelos serviços de saúde no município. Além disso, a Prefeitura destacou o atraso no envio de recursos do Ministério da Saúde, provenientes do Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC), referentes ao mês de outubro, como outro fator agravante.
Enquanto isso, o Hospital da FAP luta para manter os atendimentos em funcionamento, enfrentando sérias dificuldades financeiras. A crise tem impacto direto nos pacientes que dependem dos serviços oncológicos da instituição, gerando preocupação entre a população da região e reforçando a urgência de uma solução para o problema.