A Polícia Federal (PF) solicitou a prisão preventiva do prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo (Avante), no contexto da Operação “En Passant”, que apura supostas conexões entre a gestão municipal e grupos criminosos. O pedido foi analisado e negado pela juíza Maria Cristina Santiago, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
De acordo com a PF, a exoneração de servidores supostamente ligados à facção criminosa, realizada no mesmo dia da operação, foi uma “tentativa desesperada de destruir provas”. Essas evidências, segundo a polícia, apontariam para uma ligação direta entre o prefeito, seu grupo político e a facção.
A investigação revelou que os supostos esquemas irregulares não foram interrompidos após as eleições. A PF afirma que existem indícios de continuidade das tratativas ilícitas, incluindo suspeitas de pagamentos à facção por meio de cargos públicos e outras práticas fraudulentas.
Além de Vitor Hugo, a Polícia Federal pediu a prisão do presidente da Câmara Municipal e prefeito eleito, André Coutinho (Avante). Também foi solicitado o afastamento imediato de Vitor Hugo do cargo, com a justificativa de que ele estaria utilizando sua posição para obstruir as investigações em andamento.
A Operação “En Passant” é mais um capítulo de uma série de ações da PF voltadas ao combate de crimes envolvendo políticos e organizações criminosas na Paraíba. Apesar das negativas da Justiça em relação aos pedidos de prisão, as investigações seguem em curso, com foco em esclarecer o papel dos envolvidos e a extensão dos prejuízos causados à administração pública.