O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), promoveu a exoneração de 465 servidores que ocupavam cargos em comissão na Casa. A decisão foi formalizada por meio de publicação no Diário Oficial da União em 7 de fevereiro.
Parlamentares que haviam indicado nomes para esses postos minimizaram a ação, considerando-a uma prática comum em início de nova gestão na Câmara. Eles agora aguardam a reestruturação da Mesa Diretora para renegociar os espaços destinados a suas indicações.
As exonerações envolveram cargos de natureza especial (CNEs), conhecidos por oferecerem remunerações mais atraentes e, portanto, serem muito disputados. Esses cargos têm como objetivo principal prestar assessoramento exclusivo à Mesa Diretora, às lideranças partidárias, às comissões, ao Conselho de Ética, à Ouvidoria Parlamentar, à Procuradoria Parlamentar e a outros órgãos administrativos da Câmara, conforme determina o regimento interno da Casa.
Entre os cargos atingidos pela medida estão Assistente Técnico de Gabinete e Assessor Técnico Adjunto. A ação reflete uma reorganização administrativa comum no início de uma nova gestão, mas também destaca a relevância estratégica desses postos na estrutura da Câmara.
A movimentação sinaliza possíveis mudanças no equilíbrio político interno da Casa, já que a renegociação de espaços poderá impactar diretamente a relação entre o comando da Câmara e os parlamentares.