Líder do PL insinua que operação da PF em Patos foi “orquestrada” para pressionar Hugo Motta a não avançar com PL da Anistia

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, insinuou que a operação da Polícia Federal (PF) em Patos, Paraíba, pode ter motivações políticas para pressionar Hugo Motta (Republicanos), presidente da Câmara, a não pautar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Sóstenes destacou a coincidência entre as discussões do PL e a ação da PF, que realizou busca e apreensão na casa do pai de Motta, o prefeito Nabor Wanderley (Republicanos). “Isso me causa muita estranheza e não me cheira bem”, declarou.

Apesar da insinuação, Hugo Motta e seu pai não foram alvos da operação, denominada Outside 2, que mirou empresários e uma funcionária da prefeitura, exonerada após a ação. Sóstenes reafirmou que Motta, aliado do PL, havia se comprometido a pautar a urgência do projeto e lamentou pressões de outros poderes sobre o Legislativo. Ele expressou confiança de que, com o retorno de Motta ao Brasil, em 20 de abril, o projeto avançará. “Vamos fazer justiça aos injustiçados do 8 de Janeiro”, afirmou.

Sóstenes também criticou o STF, acusando-o de aplicar penas desproporcionais, como no caso de Débora “do Batom”, multada em R$ 30 milhões, valor superior aos prejuízos totais dos atos. O deputado denunciou ainda pressões do governo para retirada de assinaturas do projeto. “Se o governo avalia conceder anistia, não deveria pressionar parlamentares para enfraquecer o projeto”, concluiu.

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